Desde o mês de junho deste ano, o Brasil vem registrando queda no número de inadimplentes. Porém, mesmo com a redução gradativa, o país, segundo dados do Mapa da Inadimplência do Serasa, ainda registra mais de 71 milhões de pessoas com dívidas. Isso representa 43% da população brasileira inadimplente.
E qual o valor da dívida acumulada de tantas pessoas? O mesmo estudo do Serasa destaca o valor de R$346 bilhões de reais, sendo que a média de dívida por pessoa é de R$4.846,15.
Os cinco estados com maior número de inadimplentes são:
- Rio de Janeiro;
- Amapá;
- Amazonas;
- Distrito Federal;
- Mato Grosso.
Já os com menor número de inadimplência são:
- Piauí;
- Santa Catarina;
- Maranhão;
- Rio Grande do Sul;
- Paraíba.
São Paulo ocupa a nona colocação entre os mais inadimplentes, e o Paraná o 17ª lugar.
O que fez o número de inadimplentes no Brasil cair?
A queda de 0,63% no número de inadimplentes em junho pode ter respostas em duas questões.
A primeira delas é o programa Desenrola Brasil. Com mais possibilidades de negociação de créditos, muitos inadimplentes conseguiram renegociar suas dívidas com as instituições financeiras – inclusive, como já dito aqui antes, sendo uma excelente oportunidade para gestores fecharem o caixa do ano de 2023 positivo.
A segunda explicação vem no recuo da taxa de desemprego, conforme apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Desde 2014 não tínhamos um resultado tão significativo nos índices de empregabilidade.
Com mais dinheiro circulando e chances de negociação de dívidas, será que o Brasil vai deixar de ser um país com tantos inadimplentes?
Motivos que levam os brasileiros a serem inadimplentes
A resposta para a pergunta anterior passa muito por esse título. Na verdade, o endividamento familiar brasileiro é fácil de ser compreendido, pois as principais dívidas são oriundas da diminuição de renda, imprevistos, alta dos preços e falta de controle financeiro.
O último item, inclusive, é reconhecido pelos brasileiros como o principal problema, pois mais de 50% dos entrevistados pela pesquisa do PNAD fizeram compras que sabiam que não iam conseguir pagar.
O momento é de oportunidade ou atenção redobrada?
Com menos famílias endividadas e ganhando mais renda, as instituições financeiras devem tanto comemorar, como redobrar a atenção. Isso porque, mesmo que o momento seja uma excelente oportunidade para negociar dívidas e fazer novos negócios, o endividamento pode voltar a crescer e prejudicar a saúde financeira da instituição.
Não se pode esquecer do tamanho dos desafios para a recuperação de créditos, por exemplo. Dessa maneira, ter uma equipe especializada que saiba como localizar o devedor e seus bens, até apresentar estudos de sua capacidade financeira para uma composição para pagamento de forma parcelada, faz a diferença.