Devido a abertura dada em 2007 para a iniciativa privada integrar o ramo de seguros, esse se tornou um mercado altamente diversificado e competitivo no Brasil.
Dados do site Tudo Sobre Seguros, do final de 2019, mostram que havia em operação, na época, 122 seguradoras, 15 companhias de capitalização, 14 entidades abertas de previdência complementar, mais de 1 mil operadoras de saúde suplementar, 94 mil corretores de seguros ativos, 143 resseguradoras autorizados a operar no país, 25 corretoras de resseguro e 1 autorreguladora de Corretores de Seguros.
Por ser um ramo com potencial para crescimento no país, há muito o que se falar sobre as novas tendências que visam atrair o olhar e popularizar essa cultura entre os brasileiros.
Confira abaixo 4 tendências que se destacam:
- Diminuição da burocracia: o processo de adesão de apólices de seguro ainda é considerado muito burocrático para a maioria dos brasileiros e superar esse desafio é essencial para que mais pessoas contratem os serviços. Por este motivo, muitas seguradoras têm buscado alternativas, como as insurtechs, que oferecem ferramentas que possibilitam e agilizam o processo de compra de um seguro pela internet.
- Novos players na distribuição: a existência de maiores possibilidades de modelos de negócios é extremamente positiva para o mercado, pois são criadas novas formas para atender os usuário. Um bom exemplo são as fintechs, que começaram a investir no mercado segurador e firmaram parcerias com seguradoras. A Nubank, por exemplo, passou a oferecer seguro de vida em sua plataforma em parceria com a Chubb Seguros, disponibilizando para seus clientes um produto em que o processo de contratação e gerenciamento é 100% digital.
- Marketplace de seguros: prevê-se que cada vez mais as seguradoras irão investir no e-commerce e montando o seu próprio marketplace. Dois benefícios desse movimento são o desenvolvimento de produtos de alto valor percebido, o que pode ser um diferencial na concorrência, e uma fonte adicional de receita, visto que através do marketplace é possível alcançar um maior número de pessoas e oferecer um leque de proteções ideais para aquele consumidor que está acessando a plataforma.
- Uso da Inteligência Artificial na precificação: o processo de venda de uma apólice de seguros tende a ficar cada vez mais personalizado através da Inteligência Artificial, na qual são gerados algoritmos baseados no cotidiano daquela pessoa. Com esses dados, as companhias do mercado segurador poderão entender melhor o perfil de cada segurado, personalizar os planos e oferecer benefícios.
TEXTO: Eduardo Galdão (Coordenador da área de Direito Securitário)