A evolução da sociedade se deu devido às capacidades humanas de locomoção, comunicação e raciocínio. O processo evolutivo trouxe consigo as revoluções industriais, as quais sempre foram fixadas com ideias de inovações e novas tecnologias. Diariamente, somos bombardeados com novas ferramentas e informações e, no presente, convivemos com a Inteligência Artificial, nanotecnologia, internet das coisas e big data.
O direito, por sua vez, vem acompanhando os processos de inovação. Já passamos pelo direito 3.0, hoje estamos vivendo o digital 4.0 e iniciando o 5.0. Mas qual a relação do direito com o avanço tecnológico?
A principal ponte que liga a inovação tecnológica ao direito, atualmente, é a Inteligência Artificial (IA). A capacidade do computador de raciocinar, compreender e relacionar grandes quantidades de informações, abre um leque de possibilidades a serem exploradas no meio jurídico.
De início, a IA vinha ajudando advogados de todo o mundo, agilizando trabalhos que antes eram feitos manualmente e buscando informações que são essenciais na tomada de decisão, a jurimetria. Entretanto, o trabalho com a Inteligência Artificial vai muito além. A empresa IBM desenvolveu um robô advogado, o ROSS, responsável por fazer pesquisas nos processos e apresentar hipóteses aos advogados que podem aceitá-las ou contestá-las.
Alguns processos ainda são muito burocráticos e artesanais, mas a tendência é que se tornem cada vez mais flexíveis, possibilitando a automação e ganho de tempo nas atividades jurídicas. O mundo do Direito está caminhando junto com a IA. Deste modo, os escritórios que não acompanharem a evolução ficarão obsoletos.
Não há mais como negar ou ignorar esse movimento tecnológico que traz eficiência, menor custo operacional, mais agilidade e menos burocracia. A humanidade já passou por inúmeras inovações e, agora, cabe ao direito adaptar-se às novas mudanças, otimizando seu tempo e direcionando os esforços ao que realmente demanda mais atenção humana.
TEXTO: Willian Henrique (Auxiliar de T.I na Tahech Advogados e associado na Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs – AB2L)