Em entrevista para o site da Tahech Advogados, o Diretor de Relações Institucionais do Cilla Tech Park (CTP), Márcio Fernandes, explicou alguns detalhes sobre os projetos previstos para 2021 e impactos dos mesmos no ambiente de negócios de Guarapuava e região.
1 – Márcio, neste momento, com apenas seis meses de vida, quais projetos podemos esperar para os próximos meses?
O CTP ainda é muito jovem, mas, pela agilidade do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva, já conseguiu várias conquistas que estão beneficiando universitários, jovens empreendedores, empresários experientes e novos investidores para a região Centro-Sul. Até março, em sinergia com a Fundação Araucária (Governo do Paraná) e outros parceiros, lançaremos um edital de apoio a projetos inovadores, com R$ 700 mil de investimento inicial.
2 – Sobre este edital, em parceria com a Fundação Araucária, você pode detalhar como o dinheiro será distribuído?
Neste projeto com a Fundação Araucária, cada ideia selecionada receberá aporte de R$ 28 mil. Para quem está no mercado atuando, pode parecer pouco. Mas, para o jovem que acabou de pegar seu diploma universitário, pode ser tudo que ele necessita para materializar o que está na sua cabeça e no papel.
3 – Além da parceria prevista com a Fundação Araucária, o CTP está costurando outro projeto em nível regional, junto com a Unicentro, certo?
Certo. Assim que a pandemia for dominada, lançaremos com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) uma ação que beneficiará diretamente entre 80 e 100 adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Guarapuava, Pitanga, Prudentópolis e Irati, com o curso de capacitação chamado App Makers. E, para aqueles que chegarem ao final do treinamento, faremos o possível para inserir todos no mercado de trabalho.
4 – Agora, em relação ao que já foi feito até aqui: entre as inúmeras articulações dos últimos seis meses, quais você destacaria?
Em setembro de 2020, tivemos um meeting virtual sensacional, o Oracle Day, e estamos costurando outras ações com a Oracle, uma das maiores empresas de base digital do planeta. Temos recebido delegações e representantes de diversas cidades, como Prudentópolis, Irati, Turvo e assim por diante, mostrando que é possível se pensar e se ter inovação no Poder Público Municipal. Teríamos muitas outras iniciativas para listar mas, no fundo, o importante é sempre termos em mente que o Cilla Tech Park é um projeto coletivo e, sobretudo, inclusivo – e não exclusivo.
5 – No quesito parcerias, quais você elencaria como grandes conquistas da CTP até o momento?
Nesses seis meses de vida, ajudamos a abrir oportunidades diretas e indiretas com parceiros que estão na TV Globo, Grupo Boticário, Stanford University (EUA), Saskatchewan University (Canadá), Oracle e outros tantos. Em dado momento, a oportunidade é monetária, acesso e financiamento a fundo perdido. Em outro instante, a oportunidade é acesso a conhecimento ímpar, é network. E, na sociedade da informação em que estamos, network é mais do que a metade do caminho para o sucesso. E o CTP é um ponto vital de apoio nesse caminho.
6 – Por fim, como você enxerga o potencial de mudança e desenvolvimento socioeconômico do Cilla em Guarapuava?
Muito mais do que um espaço físico, um parque tecnológico é um ambiente de inovação. Um Ecossistema de Inovação, no jargão da área. O Cilla Tech Park, ao lado de outros atores (tanto pessoas físicas como jurídicas), está contribuindo para solidificar esse cenário não só em Guarapuava mas no Centro-Sul do PR como um todo. Assim, dialogamos com os que já estão estabelecidos em nossa região e também com os que aqui querem chegar e contribuir para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Centro-Sul. Dialogamos, apoiamos, buscamos soluções para os pequenos, os médios e os gigantes tanto da iniciativa privada quanto do setor público. Trabalhar de modo consorciado é essencial, em favor do bem comum.
A Tahech acredita no potencial de desenvolvimento socioeconômico do CTP
A Tahech Advogados recebeu o convite para minutar o estatuto da CTP, que juridicamente adotou a forma de Associação sem fins lucrativos, no modelo tríplice hélice (híbrido), ou seja, participam de sua formação o ambiente acadêmico (Universidades), o setor privado e o setor público.
“Auxiliamos juridicamente na sua implantação e hoje damos suporte jurídico tanto ao Conselho de Administração, quanto à Diretoria Executiva”, explica o advogado da Tahech Advogados, Arli Pinto da Silva.
Para o advogado o impacto de desenvolvimento do centro compreende – principalmente – os ambientes universitário e de negócios. “Ao redor de um parque tecnológico gravitam uma série de pesquisadores, empreendedores, instituições governamentais e não governamentais, as quais convergem para um ponto comum que é a inovação. Também atrai empresários dispostos a investir em ideias inovadoras. Entendemos que a inovação tecnológica será o eixo no qual gravitará esse desenvolvimento”, avalia Arli.