Veja as principais dificuldades das empresas e como a segurança no tratamento de dados fortalece a confiança do cliente
Desde que entrou em vigor, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) transformou a forma como empresas lidam com informações pessoais. No ambiente corporativo, a conformidade deixou de ser apenas uma obrigação legal para se tornar um diferencial competitivo e uma exigência cada vez mais presente no mercado. Além de representar respeito à privacidade e à ética no uso de dados, a LGPD vem sendo acompanhada por um cenário de fiscalização crescente por parte da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que tem intensificado sua atuação regulatória e punitiva. Soma-se a isso o aumento expressivo de ações judiciais movidas por titulares de dados ou órgãos de defesa do consumidor, que buscam reparação por falhas no tratamento de informações. Nesse contexto, a adequação à LGPD tornou-se indispensável para mitigar riscos jurídicos, preservar a reputação institucional e fortalecer a confiança de clientes, parceiros e investidores.
Mesmo assim, muitas organizações ainda enfrentam desafios importantes. Confira os principais:
1. Interpretação e aplicação da lei
Apesar das diretrizes estabelecidas pela LGPD, conceitos como bases legais, legítimo interesse e consentimento ainda geram dúvidas na prática. Mais do que compreender a letra da lei, é necessário saber como interpretá-la e aplicá-la à realidade específica de cada empresa — o que exige atenção ao modelo de negócio, à forma de captação e conversão de leads, aos canais de comercialização utilizados, às práticas de marketing digital e ao perfil dos dados tratados. Muitas organizações não sabem, com clareza, até onde podem ir no uso de dados pessoais sem violar direitos dos titulares, o que aumenta o risco de infrações, autuações e ações judiciais.
2. Adequação interna e mudança cultural
Adequar-se à LGPD exige mais do que revisar documentos e políticas: é necessário promover uma verdadeira transformação cultural dentro da organização. Isso envolve conscientizar as equipes sobre a importância da proteção de dados e incorporar boas práticas no dia a dia da operação. No entanto, esse processo muitas vezes encontra resistência e falta de preparo técnico. Por isso, é essencial que essa mudança seja implementada de forma prática e funcional, evitando a criação de burocracias excessivas que possam engessar processos ou comprometer a eficiência das atividades empresariais.
3. Gestão e governança de dados
Sem um bom mapeamento e uma estrutura sólida de governança dos fluxos de dados, torna-se difícil garantir segurança, transparência e rastreabilidade — o que eleva significativamente os riscos legais, operacionais e reputacionais. A ausência de controle claro sobre quais dados são coletados, por quem, com qual finalidade e por quanto tempo, fragiliza a capacidade de resposta da empresa diante de fiscalizações, incidentes ou demandas judiciais. Por outro lado, onde há governança, não há espaço para o desconhecimento: cada etapa do ciclo de vida dos dados é documentada, monitorada e atribuída a responsáveis, permitindo decisões conscientes e alinhadas à legislação.
4. Prevenção e gestão de incidentes
Com o aumento constante dos ataques cibernéticos, as empresas precisam estar preparadas para responder de forma rápida e estruturada a eventuais incidentes de segurança. No entanto, muitas ainda não possuem políticas internas claras nem protocolos eficientes para comunicar violações à ANPD e aos titulares dos dados, conforme exige a LGPD. A ausência de medidas preventivas e de um plano de resposta bem definido compromete não apenas a contenção dos danos, mas pode gerar sérias consequências nas esferas administrativa — com a atuação da ANPD —, cível — com pedidos de indenização por titulares — e até criminal, especialmente em casos envolvendo negligência grave ou exposição indevida de dados sensíveis.
5. Medo de sanções e prejuízos reputacionais
Além das sanções administrativas — que podem chegar a 2% do faturamento anual da empresa —, o maior temor das organizações recai sobre os danos à reputação. Um único incidente de má gestão de dados pode minar, de forma irreversível, a confiança do cliente — um ativo que, quando perdido, dificilmente é recuperado. Esse impacto é ainda mais sensível entre determinadas faixas etárias, especialmente o público acima dos 40 anos, que tende a demonstrar maior desconfiança em relação ao uso de suas informações pessoais e menor tolerância a falhas de segurança. Soma-se a isso o crescente número de condenações judiciais, em que empresas são responsabilizadas civilmente por danos morais e materiais decorrentes da violação de dados pessoais, o que amplia ainda mais os riscos legais e financeiros para o negócio.
Privacidade e tratamento de dados: por que adotar práticas seguras é essencial para as empresas
Adotar processos seguros e responsáveis não é só cumprir a lei — é ganhar vantagem competitiva. Entre os principais benefícios estão:
• Mais confiança
Empresas responsáveis ganham credibilidade com clientes e parceiros.
• Menos riscos
Boas práticas reduzem as chances de vazamentos e penalidades.
• Eficiência e inovação
Processos claros permitem otimizar operações e inovar com segurança.
• Imagem positiva
Consumidores valorizam marcas que respeitam sua privacidade.
• Segurança jurídica
A conformidade evita litígios e protege a sustentabilidade do negócio.
Se você tem dúvidas sobre a LGPD ou quer reforçar a segurança no tratamento de dados, conte com os especialistas da Tahech Advogados.
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